lunes, julio 26, 2010

ENTREVISTA A BENITA PRIETO. NARRADORA ORAL Y ORGANIZADORA DEL SIMPOSIO DE CONTADORES DE HISTORIAS. BRASIL

Benita Prieto além de contadora de histórias é também uma incentivadora do movimento em todo o Brasil. Vamos conhecer um pouco de seu pensar e viver esta arte dos grandes mestres griôs!
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MESTRES NARRADORES - Fale um pouco da sua carreira como contadora de histórias, há quanto tempo você se dedica a este trabalho.

BP - Dizem que conto histórias desde pequena, mas não me lembro disso. Na verdade, eu já brincava com personagens aos 5 anos de idade, no atelier do Sr. Chico, que era carnavalesco do Salgueiro. Oficialmente ingressei nessa área quando fui convidada para entrar no Grupo Morandubetá, em 1991. Já era atriz e passei a me dedicar a narrar. Foi uma guinada e ao mesmo tempo um desafio. Durante o primeiro ano de trabalho só sabia contar uma história, precisava ter bastante experiência com ela para me sentir segura. Um dia tudo se abriu dentro de mim e passei a acreditar que realmente podia ser uma contadora.

MN - Que transformações você vem sentindo na forma de se lidar com crianças no Brasil.

BP - Acho que as crianças continuam a ser tratadas como imbecis na maior parte do tempo. Existe uma idéia tatibitate de relação. A conversa não flui e sempre descamba para lição de moral. Claro que estou falando do rádio e TV, embora mesmo nessas mídias existam exceções que não chegam ao grande público. Por outro lado há um desrespeito total aos valores sociais, éticos, psicológicos. É preciso uma mudança rápida e efetiva ou senão teremos muita gente perversa dirigindo esse país nos próximos anos.
Mas vamos fazer justiça à ação da literatura infantil e juvenil que tem chegado aos anseios da criança. Os autores e ilustradores brasileiros são fantásticos. Os livros estão bem cuidados. O que falta é termos bibliotecas em todos os municípios e um barateamento no custo do livro. Assim haverá uma democratização da leitura.

MS - Como surgiu o grupo Morandubetá?

BP - Antes é bom dizer que Morandubetá significa muitas histórias na língua tupi. O grupo de contadores de histórias surgiu em 1990 na Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil após curso com o grupo venezuelano "En Cuentos y Encantos". O grupo é formado por profissionais de diversas áreas de atuação: Celso Sisto, Eliana Yunes, Lúcia Fidalgo e Benita Prieto.

ENTREVISTA COMPLETA: MESTRES NARRADORES

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