sábado, octubre 25, 2008

ENTREVISTA A LA NARRADORA BRASILEÑA GISLAYNE MATOS


As histórias permeiam desde o universo infantil até o adulto. Através delas, as tradições, os valores e toda a identidade dos povos puderam ser preservados mesmo no tempo em que ainda não havia a escrita. De geração em geração, o conhecimento era passado, tendo como resultado um rico mosaico de culturas. Por meio de uma linguagem da fantasia e do irreal, os contos de tradição oral despertam o imaginário e nos permitem experimentar novas experiências. Gislayne Avelar de Matos, exímia contadora de histórias, nos leva a conhecer um pouco acerca dessa arte, que tem crescido e vem sendo admirada em todo o mundo.

No rabo do fogão

Estar diante do contador e ouvir sobre as histórias é como pensar na possibilidade da existência de um trem para o irreal; ao ouvi-las, sem perceber, você já desembarcou na estação mais próxima e não tem a menor pressa para ir embora. Com muita simpatia e bom humor, Gislayne relata que seu interesse por contos vem desde a infância, quando sentava no “rabo do fogão” para ouvir as lendárias histórias contadas por seu avô. “Ele contava na cozinha, na beira do fogão, e a gente ficava escutando até na hora de dormir. Meu avô tinha uma predileção por aquelas histórias de assombração, de arrastar correntes, de coruja. As pessoas, naquela época, não precisavam aprender essas coisas que hoje a gente ensina pros contadores de histórias. Se tinha uma lenha mais verde que estourava, ele dizia pra lenha: ‘Não, cê não tava lá não, cê não pode dar palpite. Na minha história cê não vai dar palpite, porque cê não viu’. E a gente tinha certeza de que ele conversava com as lenhas.”

ENTREVISTA COMPLETA: ESCRITORIO DE HISTORIAS

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